A indagação principal do concurso foi: Como deve ser o bairro ideal para morar em São Paulo no século XXI? Quais as características de suas ruas, seus espaços públicos, sua habitações, seus locais de trabalho e de lazer, seu abastecimento local? Como se deve nele circular: a pé, de automóvel, com veículo especial? E qual a mescla de atividades mais adequada para obter a melhor qualidade de vida possível, maximizando a tecnologia de ponta deste século e refletindo a cultura e os hábitos paulistanos, cosmopolitas? Qual o projeto de um novo grande bairro que possa ser exemplar e paradigmático de uma São Paulo metrópole global, mais justa, moderna e bonita?
O projeto recupera a rua como lugar de animação e sociabilidade cotidiana. Dessa convicção surgem os espaços de recreação e encontro que buscam a proximidade com os sistemas de circulação e com a água. Um modo de reinventar usos mais generosos da cidade, remetendo-se a um espaço de lazer mais do que consagrado no imaginário brasileiro: a praia urbana.
A praça de água resultante caracteriza tanto o sistema de espaços públicos do bairro, quanto o sistema técnica de drenagem, tratamento e reuso dos recursos hídricos. Fruto do afloramento do lençol freático não comprometido ambientalmente, define uma marcação identitária na paisagem do bairro, referenciando-o espacialmente como uma escritura de água no território da várzea.
Maquete Física Projeto Bairro Novo: Arquiteto Euclides Oliveira, Arquiteto Dante Furlan e Arquiteta Carolina de Carvalho. FONTE: Vitruvius
Projeto Bairro Novo: Arquiteto Euclides Oliveira, Arquiteto Dante Furlan e Arquiteta Carolina de Carvalho. FONTE: Vitruvius
Juntamente com o Bairro Novo acontece a Operação Urbana Água Branca: implantação de uma vila olímpica. O projeto é de autoria do arquiteto Paulo Mendes da Rocha e equipe. A concepção do projeto contempla a integração total da Vila Olímpica com a área urbana da Cidade. Assim, o uso pós-olímpico seria privilegiado, deixando um legado de enorme importância para São Paulo. O projeto prevê dois conjuntos funcionais definidos como Zona Residencial e Zona Internacional, configurados por meio de cinco estruturas espaciais que abrigariam: Áreas das Habitações, Área de Treinamento, Pavilhão Olímpico, Torres de Serviços e Esplanada das Bandeiras.
Operação Urbana Água Branca. Plano-Referência de Intervenção e Ordenação Urbanística. Vista de conjunto da área de atuação Vila Olimpica e Bairro Novo.
FONTE: Vitruvius
Operação Urbana Água Branca. Situação e condições de uso e ocupação da área.
FONTE: Vitruvius
A construção da Vila Olímpica pretende impulsionar e “orquestrar” o processo de transformação das glebas não-urbanizadas e áreas lindeiras, reconfigurando-as como zona mista de comercio e serviços.
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